The Adventures of Tom Sawyer

✍️ Mark Twain

Apesar de ser um livro infanto-juvenil, “As Aventuras de Tom Sawyer” não deixa de ser uma leitura agradável para alguém em idade adulta. Neste caso, é uma leitura que traz alguma nostalgia das brincadeiras e bagunças da infância, uma infância cada vez mais rara nos dia de hoje com toda tecnologia e com a insegurança das grandes cidades. Tom Sawyer é aquela criança bagunceira, sonhadora, cheia de imaginação e ao mesmo tempo tem o dom de manipular e contar mentiras como ninguém. Mark Twain diz no prefácio do livro que muito do que vai escrito ali aconteceu realmente (com ele ou com colegas de escola) e que personagem Tom Sawyer é baseado em três garotos que ele conheceu.

Ao longo do livro vamos acompanhando diversas “aventuras” de Tom e seus amigos. Vão de travessuras inofensivas a aventuras arriscadíssimas e perigosas que colocam toda a cidade em polvorosa. Joe Harper e Becky Thatcher são alguns de seus amigos. Destaco a parte em que Tom e Becky se provocam através de outras pessoas. O destaque, entretanto, fica para Huckleberry Finn, que é um personagem ímpar, o outcast da cidade, o anti-social mas que tem um senso de amizade e lealdade imensos.

Achei fascinante a parte em que Mark Twain faz uma crítica ao sistema educacional americano. O retrato da escola, por incrível que pareça, é bastante atual (a exceção do castigo físico).

Ler o livro no original foi um pouco mais desafiador que o esperado. Mark Twain usa muito do coloquialismo e oralidade mas a leitura flui razoavelmente bem. Recomendo.