Quinas e Castelos – Sinais de Portugal

✍️ Miguel Metelo de Seixas

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Este pequeno ensaio conta a história fascinante dos símbolos portugueses (quinas e castelos) que têm origem medieval e que, ainda hoje, marcam presença na bandeira portuguesa.

O ensaio começa por destacar que, por uma feliz coincidência, a heráldica surgiu no século XII, o mesmo período em que nasceu a nacionalidade portuguesa. Aproveitando esse contexto, a recém-formada nação consolidou sua identidade visual com brasões de armas e escudos.

O texto mostra como as quinas e castelos se tornaram os símbolos primários e mostra a evolução em complexidade deste simbolismo ao longo dos tempos. Inicialmente associados à figura do monarca, esses elementos passaram a representar a própria nação — e, a partir do século XV, também o Império ultramarino. Como brasileiro, achei fascinante ver como a esfera armilar, introduzida por D. Manuel I, vai ter no futuro uma ligação muito próxima com o Brasil.

Mais para o fim do texto, o ensaio discute as diversas versões das bandeiras portuguesas (azul e branca versus vermelha e verde) e analisa as diferentes posturas políticas adotadas ao longo do tempo em relação aos símbolos. Enquanto a Primeira e Terceira Repúblicas adotaram uma postura mais contida, o Estado Novo adotou uma política de exaltação (e saudosismo) nacionalista.

Apesar do tom um pouco acadêmico, acho que é uma leitura interessante para qualquer pessoa que tenha interesse na história de Portugal. Nota 3,5 (arredondada para 3).